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FÉRIAS TROCADAS

Edmilson Filho estreia novo filme e trabalha para povo brasileiro esquecer desgraça

DIVULGAÇÃO/PARIS FILMES

Edmilson Filho de perfil, sorrindo, em frente a background do filme Férias Trocadas

Edmilson Filho durante entrevista para o Notícias da TV; ele está lançando o filme Férias Trocadas

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 2/5/2024 - 14h00

Edmilson Filho encarou um novo desafio no filme Férias Trocadas, que estreia nesta quinta (2): ele interpreta os dois personagens principais, um homem rico e um homem pobre. Com mais essa comédia, o ator se firma como um dos principais nomes do gênero, quer continuar a contar histórias brasileiras e populares no cinema e acredita que um filme não precisa necessariamente mudar a vida de alguém: "É pra se divertir, se desligar da desgraça que tá acontecendo o tempo todo".

Em Férias Trocadas, Filho interpreta dois homens com o mesmo nome, José Eduardo. Um é Edu, um paulistano rico e esnobe, e outro é Zé, um nordestino ex-jogador de futebol, que não fez fortuna.

Os dois têm viagens marcadas com as famílias para a Colômbia, mas, quando chegam a Cartagena, se confundem, e um vai para o hotel reservado para o outro. Zé chega a um resort com tudo incluído, e Edu vai parar numa pousada sem qualquer luxo. A partir daí, as confusões e situações cômicas acontecem.

Edmilson Filho foi chamado a participar do filme após sugestão do diretor Bruno Barreto, que adorou o trabalho dele em Cabras da Peste (2021), da Netflix. Foi do próprio ator a ideia de interpretar os dois personagens principais e brincar com as diferenças entre um e outro.

"Teve um trabalho de prosódia, a postura é diferente, o cabelo. Pra mim foi muito legal, [para mostrar que] Edmilson é muito mais do que só fazer o filme do Jeca [no estilo do personagem principal do filme Jeca Tatu, de 1959, estrelado por Mazzaropi], que pra mim é um elogio. Tem mais desafios, os trabalhos têm outro tipo de Edmilson", explica.

reprodução/instagram

Os dois protagonistas de Férias Trocadas

O ator de 47 anos parece saber bem o tipo de trabalho que gosta de desenvolver. Estrela de trabalhos como Cine Holliúdy (2019-2023), O Shaolin do Sertão (2016) e O Cangaceiro do Futuro (2022), Filho tem desenvolvido esse imaginário popular no audiovisual com um fatores em comum em seus personagens: em geral, são homens de boa índole, que têm problemas, que se metem em confusões, mas que se safam, se resolvem. São homens "desenrolados", como ele mesmo diz.

"Tudo é pensado. Tudo que eu faço na minha carreira é planejado antes. Penso muito quando aceito o papel de um filme ou de outro. Tem que ter o meu perfil, a história que eu quero contar. Nos meus próximos projetos, ainda mais. Cada vez mais eu sei exatamente o que eu quero fazer, o público que eu quero atingir. Nos últimos anos eu tenho dito não para muitos roteiros, justamente porque não é a história que eu quero contar", diz.

A história que ele quer contar é a de brasileiros, gente comum, gente que está por todos os cantos do país (especialmente nordestinos e seus descendentes) e que pode se identificar com o que é retratado em seus filmes.

"A primeira coisa [que almejo] é as pessoas se verem. O público olhar e pensar: 'Pô, esse cara tem um pouco de mim, eu já passei por isso'. Acho que essa identificação com o público brasileiro é importantíssima pra a gente se desligar um pouco da realidade do cinema americano, que é uma realidade que a gente não vive", afirma.

A grande sorte que tive na minha vida foi ter nascido no Nordeste, porque tem nordestinos no brasil todo. A cara do Brasil acho que passa pelo Nordeste. Se você não é nordestino, tem um tio, um avô, um conhecido, um amigo. Isso me ajuda muito a mostrar esse Brasil de verdade que eu quero contar nas histórias.

Herói do carisma

Edmilson Filho ainda admite que há um fator abstrato que lhe ajuda na carreira na comédia: o carisma, que é algo que empresta a personagens e que acha que o público reconhece.

"Eu não sei o que eu tenho que as pessoas começam a confiar em mim de uma hora pra outra. Eu recebo mensagens de pessoas contando problemas da vida e penso: 'Rapaz, por que essa pessoa tá contando isso pra mim?'. Não sei, tem alguma coisa que as pessoas começam a confiar, acreditar. Acho que isso também tem um pouco nos personagens. As pessoas confiam. E eu acho isso muito bom", revela.

Daqui para frente, o ator tem três desafios a encarar na carreira. Um deles já está presente em seu trabalho: fazer o que ele chama de "clichê bem feito" e divertir o público.

"O meu desafio é fazer aquilo com verdade, que as pessoas acreditem e se divirtam. Não é um documentário, não é um filme político que está ali pra dizer o que está certo ou errado. O cara vai pro cinema e se diverte. Nunca tive um fã que falou 'ei cara, esse personagem seu tá meio caricato'. Ele vai pra dar risada, às vezes dar uma cutucada e falar 'olha, pai, tua cara'. Esse é o grande gostoso do cinema, fazer personagens que as pessoas sabem que existe. Eu faço com o maior prazer", declara.

Outro desafio é mais complicado: atrair investimento para o cinema, conseguir realizar os filmes e, posteriormente, obter uma boa divulgação, para que o público de fato pague ingresso.

O terceiro ainda é um plano futuro, um sonho da carreira: Edmilson Filho tem a ambição de interpretar um super-herói tipicamente nacional. "Tem outros projetos que vão vir mais pra frente em que eu quero fazer um herói brasileiro mesmo. O Brasil não tem herói. Nos Estados Unidos tem Homem-Aranha, Batman, que são heróis. Eu tô planejando fazer um herói pra ficar na história do cinema", promete.

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